Palavras Apostólicas

VITÓRIA PARA 2011

 

“… Qual deles portanto o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem.” (Lc 7:43)

 

Essa Palavra foi dirigida a um dos fariseus que convidou a Jesus para jantar em sua casa. Fariseu no hebraico significa “separado”; pertenciam a um grupo reformador que defendiam a crença ortodoxa. Eram chamados: “hasidim” que quer dizer “santos de Deus”, eram também porta-vozes das massas oprimidas e eram admirados pelo “senso de justiça” e por seus elevados valores éticos. Gamaliel, um dos mestres de Paulo pertenceu a esse grupo, bem como, Paulo que declarou em sua defesa: Sou fariseu, filhos de fariseus…

No Novo Testamento também há referencias aos fariseus como hipócritas e descendentes de víboras, aplicados a poucos lideres moralmente pervertidos. É dentro desse contexto que podemos entender melhor o que significou o encontro do fariseu, chamado Simão, com Jesus.

E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; e, estando por detrás, aos pés, chorando, regava-os com suas lagrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o ungüento”. (vs.37,38)

Na casa do fariseu, Jesus abriu a oportunidade de salvação não só à mulher pecadora que necessita ser justificada e perdoada mas também ao próprio fariseu que dizia-se justificado e que amava a Deus. Enquanto Simão se assentava à mesa, a mulher prostrou-se aos Seus pés.

Mas ao ver a atitude da mulher, o fariseu, pôs em dúvida a questão de ser ou não Jesus um profeta, pois se Ele soubesse de fato quem era aquela mulher (uma prostituta) será que teria permitido que lhe tocasse? Então Jesus sabendo da questão, dirigiu-se a ele e falou-lhe sobre a parábola dos dois devedores.

Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinqüenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais?” (Lc 7:41,42)

No versículo 43 temos a resposta do fariseu: “…Suponho que aquele a quem mais perdoou”. E Jesus lhe diz: “Julgaste bem”.

A ênfase não está no fato de quem pecou mais ou menos, porque somos “todos” devedores, mas quem ama mais. Entendemos que a questão que envolve o “amor” ao SENHOR, está relacionada ao perdão. Para um fariseu, a ênfase estava no pecado, no julgamento e na condenação, pois eles não conheciam Àquele que é capaz de perdoar pecados, e foi para esse propósito, que Jesus aceitou morrer na cruz e derramar seu sangue por nós, pecadores, para que soubéssemos que Ele é Deus!

Como nos ensina a oração do “Pai Nosso”, para que recebamos perdão, precisamos primeiramente, perdoar. Perdoar, antes de tudo, é um ato de fé no sacrifício de Jesus e está intimamente ligado àqueles que nos ofenderam, pois o poder do sacrifício de Jesus, já que creio, tem efeito não só sobre a minha vida, mas sobre a vida do outro também. Ou esse poder é uma realidade na minha vida e eu o exerço, ou não; ou creio, ou não. A crucificação de Jesus mudou não só a minha história, mas a de toda a humanidade, desde que creia e aceite-O como seu Salvador. Aproximar-me de Deus disposto a perdoar é aplicar o poder da Cruz, é dizer para Deus que amamos o Seu Filho. O que mais poderia agradar o coração do Pai? Nenhum de nós como cristãos professos, temos o direito de reter o perdão, é o mesmo que negar a “Cruz”.

Dentro desse contexto, ouçamos as Palavras de Jesus:

Perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama”.

O que mais amou é o que mais “foi” perdoado, consequentemente, é também o que mais “exerceu” perdão sobre a vida dos outros, bem como, é aquele que mais se serviu da Cruz e o que mais creu. Por estamos sentados à mesa, podemos incorrer num grande erro de olharmos e não vermos o quanto necessitamos de arrependimento e de perdão e chegarmos à mesma condição do fariseu, sem necessidade de perdão!

Para nós o “rhema” de 2011 será o “ANO DO PERDÃO”, o ano de pregarmos a maior de todas as mensagens, a mensagem da “Cruz de Jesus”. Muitos podem estar se perguntando: O que virá nesse novo ano? Quais as prioridades? O que o SENHOR espera de mim?

Pois bem, aqui está a mensagem mais antiga e também a mais atual, não só para os anos anteriores, como para os que ainda virão, ou seja, não há uma nova mensagem, há sim, “uma só mensagem”, capaz de mudar a historia de qualquer um de nós. Sem arrependimento e confissão de pecados não há perdão, sem perdão não há remissão, não há salvação, não há humilhação e nem reconhecimento de que há um Salvador, capaz de perdoar pecados:

“Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados?

Enquanto o fariseu que “conhecia a Deus” não honrou a Jesus, a mulher que reconheceu em Jesus, seu Salvador, honrou e respeitou-O, dentro da casa do próprio fariseu. É preciso haver um despertar esplendoroso a nível espiritual em todos nós, pois essa Palavra vai muito além do que somos capazes de assimilar!

A mulher pecadora, reconheceu seu pecado e sua culpa, portanto, lançou-se aos pés de Jesus, aceitando-O como seu Salvador. Demonstrou que tinha fé em Jesus, certeza do perdão e foi purificada, expressou gratidão, deu do seu precioso ungüento, pois teve necessidade de servir ao SENHOR, e fazer algo por Aquele que fizera tudo. Amou a Jesus e ao receber a “herança de paz”, passou a viver permanentemente a paz com Deus!

Que esta mesma “paz com Deus” permeie os nossos corações, todos os dias desse Ano Novo e nos leve a dar passos em direção a grandes conquistas!

Paz e prosperidade caminham juntas, e lembrem-se: a chave da vitoria está em “Perdoar e ser Perdoado”! FELIZ ANO TODO!

TRANSFORMAÇÃO RADICAL

 

O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundancia”. (Jo 10:10)

 

Cristo veio para que todos nós tivéssemos a “vida” que só Ele pode dar, em toda a sua abundância. Quando ocorre o “Natal” no coração humano, tudo muda completamente, pois aceitar a Jesus como “Salvador” pessoal, traz uma mudança radical em todos os sentidos.

Se observarmos alguns exemplos bíblicos, veremos que as mudanças evidenciam-se no que diz respeito ao plano divino de um “Salvador”.

Podemos começar exemplificando a vida de Maria e José, pois a partir do momento em que o “Salvador” entrou na vida deles, literalmente, suas vidas foram transformadas e tudo mudou completamente. Não foi diferente na vida de Isabel, esposa do sacerdote Zacarias, que permaneceu estéril por toda a vida, até que o plano de “salvação” alcançasse sua vida e o SENHOR a abençoasse com um filho, em sua velhice.

Na vida dos pastores de Belém, não foi diferente, tudo mudou, algo nunca visto antes, aconteceu:

E subitamente apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem. E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer. Foram apressadamente e acharam Maria e José, e a criança deitada na manjedoura”. (Lc 2:13-16)

Os pastores deixaram tudo para trás, fizeram algo que nenhum pastor faz: abandonaram o seu rebanho. Essa atitude é anormal, em se tratando de um pastor, pois muitos deles na verdade eram capazes de dar a vida para salvar seu rebanho. Davi mesmo relatou ao rei Saul, que enfrentara e matara um leão e um urso quando esses atacaram seu rebanho, portanto, esses pastores de Belém quebraram a “regra de ouro”, porque Jesus entrara em suas vidas e, quando Jesus entra, tudo pode mudar.

Outro acontecimento incomum que ficou registrado na historia, é a dos sábios do Oriente, que foram guiados por uma estrela até o local onde estava Maria, José e o menino na manjedoura.

Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra”. (MT.2:12)

A princípio, tais magos confiaram nas estrelas, mas ouviram a voz de Deus e mudaram seu caminho. Jesus não mudou apenas a vida de muitos, mas mudou cidades inteiras, como o caso de Jerusalém e também de Belém.

E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. (Mq 5:2)

 

De uma hora para outra, a insignificância da cidadezinha de Belém, passou a ser o centro da ação de Deus e tornou-se uma das cidades mais importantes do mundo. Naquela época quase ninguém tomou conhecimento do fato, mas a profecia de Miquéias se cumpriu e o Eterno fez sua morada na terra, ali em Belém.

pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são;…”. (1Co 1:27,28)

Muitos podem se perguntar: Porque justamente em Belém?

A cidade não era grande, era um lugarejo insignificante, onde nada acontecia de importante. Nunca saberemos o porque, mas uma coisa é certa, ela foi escolhida para receber o Filho de Deus dentro de seus muros.

Quem há semelhante ao SENHOR nosso Deus, cujo trono está nas alturas; que se inclina para ver o que se passa no céu e sobre a terra? Ele ergue do pó o desvalido, e do monturo, o necessitado, para o assentar ao lado dos príncipes, sim, com os príncipes do seu povo. Faz que a mulher estéril viva em família e seja alegre mãe de filhos. Aleluia!”. ( Sl 113:5-9)

Nesses dias de festa e de encerramento de mais um ano, não é difícil nos sentirmos como uma Belém desconhecida! A insignificância, a pequenez, a fraqueza parecem ficar ainda mais em evidência, portanto é de vital importância mantermos a consciência de que além de morar no céu, o nosso SENHOR e SALVADOR quer habitar na pequena e humilde Belém, com o contrito e abatido de espírito. Por menor e insignificante que pareça-nos, tornamo-nos um fator determinante no ponto de vista espiritual, pois somos as pessoas marcadas e escolhidas para que essa “Glória” habite e se manifeste no mundo.

Que a plenitude e abundância da vida que Cristo dá, opere em nós uma transformação radical em todas as áreas da vida, e que seja essa a marca daqueles que serão capazes de mover o mundo. Pense nisso, e, seja o centro da ação de Deus nessa terra  !

OUVIR A VOZ DE DEUS E RESPONDER

 

Por isso Eli disse a Samuel: Vai deitar-te; se alguém te chamar, dirás: Fala, SENHOR, porque o teu servo ouve. E foi Samuel para o seu lugar e se deitou. Então veio o SENHOR, e ali esteve, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel. Este respondeu: Fala, porque o teu servo ouve.” (1Sm 3:9,10)

 

Nesse texto das Escrituras, Deus repreende a Eli e Samuel é chamado como sacerdote-profeta. Samuel foi consagrado a Deus, desde a sua concepção, pois Ana, sua mãe, era estéril. Deus concede a petição de Ana e esta faz um voto a Deus de entregar seu filho ao SENHOR por todos os dias da sua vida. Com a aprovação do seu marido, depois de desmamar o menino o apresentou à casa do SENHOR:

Por este menino orava eu; e o SENHOR me concedeu a petição, que eu lhe fizera. Pelo que também o trago como devolvido ao SENHOR, por todos os dias que viver; pois do SENHOR o pedi. E eles adoraram ali ao SENHOR” (1 Sm 1:27-28)

Os pais de Samuel decidiram-se sobre o caminho que seu filho deveria seguir, e o entregaram nas mãos do sacerdote Eli para que servisse na casa de Deus. Como olhamos para isso nos dias de hoje? Sabemos que Deus deu autoridade aos pais sobre seus filhos para guiá-los e instruí-los dentro de um contexto onde o que Deus pensa, fala e deseja é o mais importante tanto para o casal, quanto para os filhos e família. Em pleno século XXI, o que menos nos preocupamos é se Deus está, ou não presente nos relacionamentos. Pelo que vemos, a ausência de Deus e Sua Palavra, nos lares, têm demonstrado a falta de temor, de respeito e de honra, entre cônjuges, entre pais e filhos, estendendo-se as demais áreas do relacionamento humano.

Embora Eli e seus filhos estivessem fora da posição em que Deus os havia colocado e, o pecado estivesse presente, o menino Samuel foi criado num ambiente de piedade. Acostumado com o serviço divino e amparado pelos cuidados de sua mãe, ele ia se desenvolvendo física e espiritualmente.

Os pais de Samuel assumiram a total responsabilidade sobre o futuro dele e o ampararam, enquanto que, o próprio sacerdote Eli acabou abrindo mão de toda a sua casa e descendência, deixando para segundo plano sua liderança como esposo e pai, e acabou atraindo o juízo de Deus para si e para toda a sua família.

Em tempos de decisão, Deus sempre se apresenta, chama e fala a fim de que ouçamos a Sua voz. Tais oportunidades devem ser seguidas de gratidão e obediência.

O SENHOR chamou o menino: Samuel, Samuel. Este respondeu: Eis-me aqui”.

Por três vezes consecutivas, Samuel correu a Eli para atender à chamada que julgava ser dele, finalmente recebe instruções claras de Eli:

…se alguém te chamar, dirás: Fala, SENHOR, porque o teu servo ouve…” (v.9)

Mas Samuel não o faz; responde apenas: “Fala, porque o teu servo ouve”, omitindo a palavra “SENHOR”. Samuel embora estivesse no serviço a Deus, não conhecia ao SENHOR. É possível isso acontecer? Certamente que sim. Muitos podem realizar muitas coisas, sem nunca ter tido uma experiência pessoal com Deus ou um encontro, como Samuel teve, totalmente sobrenatural.

Naquele dia suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito à sua casa: começarei, e o cumprirei”. (v.12)

O sacerdote Eli estava velho e já não podia ver, tornou-se negligente e resignado com o pecado, e perdeu a sua descendência.

Entre o “profeta velho” e o “profeta novo”, está a vontade de Deus. Que possamos ser renovados pelo poder dessa Palavra, e abrir o coração para o chamado de Deus. Não sabemos por quantas vezes, temos sido chamados por Deus, mas precisamos responder em tempo.

No livro do Apocalipse, está escrito:

…Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe”. (Ap 2:17)

Chamar pelo nome, implica em aliança e paternidade.

Quanto a mim, será contigo a minha aliança; serás pai de numerosas nações. Abrão já não será o teu nome, e, sim, Abraão; porque por pai de numerosas nações te constituí”. (Gn 17:4,5)

O filho leva o nome do pai e pelo nome é revelada sua paternidade. De forma grandiosa somos os “filhos de Deus”, cuja paternidade é inquestionável por causa de Cristo.

Tanto quanto Samuel, Abrão também atendeu ao chamado, fez uma aliança com Deus, teve o seu nome engrandecido e engrandeceu a Deus de geração em geração, até aos dias de hoje.

“…Eu sou o Deus Todo-Poderoso: anda na minha presença, e sê perfeito. Farei uma aliança entre mim e ti, e te multiplicarei extraordinariamente”. (Gn 17:1-2)

Quantos podem ouvir Sua voz e responder ao chamado  !

A DUPLA PORÇÃO DA HERANÇA

 

Deus te dê do orvalho do céu, e da exuberância da terra, e fartura de trigo e de mosto…

(Gn 27:28-30)

Isaque, filho único de Abraão e Sara, trazia consigo a benção da primogenitura e da aliança com Deus. Isaque e sua esposa Rebeca tiveram filhos gêmeos, Esaú e Jacó .

Isaque com idade avançada, já não podia ver, porque os seus olhos se lhe enfraqueceram, chamou a Esaú, seu filho mais velho e lhe disse:

Estou velho e não sei o dia da minha morte. Agora, pois, toma as tuas armas, a tua aljava e o teu arco, sai ao campo, e apanha para mim alguma caça, e faze-me uma comida saborosa, como eu aprecio, e traze-a, para que eu coma e te abençoe antes que eu morra.

Segundo os costumes judaicos, o filho mais velho, o primogênito, era consagrado a Deus e segundo a legislação, lhe era conferido privilégios especiais, recebia dupla porção da herança e era quem oficiava na ausência do pai, como sacerdote na família.

A primogenitura podia ser transferida para outra pessoa, portanto, Jacó não perdeu tempo e na primeira oportunidade propôs ao seu irmão um prato de lentilhas em troca da primogenitura. Esaú abriu mão e aceitou o prato de lentilhas como paga. No momento em que Jacó com a ajuda de sua mãe, tomou o lugar de Esaú e recebeu a benção de seu pai, Esaú ficou enfurecido e jurou matá-lo, logo após a morte de seu pai Isaque.

Jacó, cujo nome significa enganador, teve que fugir para a casa de seu tio Labão em Padã-Arã. Embora Jacó tivesse conquistado a benção de seu pai e de Deus, embora tivesse prosperado em terra alheia e constituído família, sua vida foi transformada de enganador para Israel, que significa príncipe com Deus, apenas quando tomou a decisão de obedecer a Deus e voltar para a casa de seu pai, foi então que Jacó teve um encontro com o Anjo do SENHOR, ou seja, com o próprio Deus no vau de Jaboque e, sua natureza foi mudada.

A Bíblia apresenta a Jesus Cristo como sendo nosso irmão mais velho. Dentro da família divina, Jesus é o primogênito entre muitos irmãos e entregou como oferta a sua vida por nós. Cada um de nós, representa o irmão mais novo, que se esforça em ser justo, bom e perfeito, com um único agravante: somos pecadores, somos Jacó, passamos pela vida enganando e sendo enganados.

Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes”. (Gl 3:26,27)

Jesus Cristo nos revestiu da Sua justiça e Santidade e como filhos de Deus somos justos e santos. Como Jacó, buscamos as bênçãos e nos aproximamos do Pai, disfarçados de Esaú, na aparência, no cheiro, imitando a voz, ou algo parecido e por mais que nos esforcemos, o nosso Pai celestial, ao contrario de Isaque, nos vê com clareza exatamente quem e como somos, mas só nos receberá diante Dele, se estivermos devidamente revestidos de Cristo. O que queremos salientar é que não adianta viver no engano, de que somos herdeiros de Deus, que tudo vai bem, etc. Jacó parou de fugir, enganou seu irmão, seu pai, a si mesmo e teve que voltar ao ponto de partida, diante do SENHOR.

Só Cristo pode acrescentar uma nova vida, novas vestes, um novo perfume e um novo sentido de vida, que pode ser traduzido em uma vida abençoada como um verdadeiro filho de Deus deve viver!

Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Via a Deus face a face, e a minha vida foi salva”. (v.30)

Jacó se reconciliou com seu irmão, voltou para a casa do pai e ergueu uma nação para Deus estabelecendo uma descendência na terra. Em Cristo Jesus, a benção da primogenitura já foi liberada e estabelecida sobre todos aqueles que confessam o seu nome; não temos que lutar, só crer, desejar e receber a dupla porção da herança, segundo a vontade do Pai.

Deus te abençoe plenamente em Cristo Jesus  !

ADVERTÊNCIA EM TEMPO DE DECISÃO

 

Portanto não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?” (Mt. 6:31)

Jesus aborda questões primárias da vida humana e convida-nos a buscar tesouros espirituais e eternos. Enquanto o nosso coração estiver ocupado em resolver as questões de subsistência, enredado por varias circunstancias imediatistas, não priorizaremos as questões espirituais nem as do reino de Deus.

Jesus destaca 5 questões cruciais na vida de todos nós, que são:

1o) A questão da religiosidade: vs. 1 ao 18, Jesus adverte quanto a hipocrisia da religiosidade e a ostentação de sermos vistos pelos homens e não, diante de Deus. Traz-nos à reflexão a questão de dar esmolas, da oração com vãs repetições, e no v. 9 Jesus ensina como estilo de vida a oração dos discípulos: o “Pai Nosso”, e também trata da questão do jejum sem hipocrisia.

Muitas vezes as práticas religiosas tornam-se uma grande barreira para o próprio Deus, por falta de discernimento ou motivação correta em nossos corações. Precisamos ter a coragem para rever algumas posturas como igreja e corpo de Cristo.

2o) A questão das riquezas: é outro assunto de grande importância para todos aqueles que decidiram-se em seguir a Cristo:

Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam;” (v. 19)

Jesus adverte contra o materialismo, contra o acumulo de bens. Isso não quer dizer que Ele seja contra as riquezas, pois a Bíblia nos diz que Deus é o dono da prata e do ouro”, e a benção e a prosperidade vêm do SENHOR! Portanto o que está em questão não é o dinheiro, mas o “amor” ao dinheiro que gera apego doentio, ganância e tudo o mais e, Jesus complementa dizendo:

porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. (v.21)

3o) A vida de trevas: a advertência continua nos próximos versículos e Jesus alerta quanto a ter “olhos bons” pois todo o corpo será luz, ou a ter “olhos maus” como conseqüência, todo o corpo estará em trevas. Com que olhar vemos a pregação da Palavra? Com que olhar podemos ver a nós mesmos quando administramos os bens? Quem é que esta em primeiro plano? Eu ou o SENHOR? Quem governa meus pensamentos? O Espírito Santo ou Mamon?

4o) Um coração dividido: que não é capaz de posicionar-se diante de Deus e das riquezas e procura associar-se a Deus e a Mamon. Jesus adverte que um deles será posto de lado e ficará para traz.

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotara a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”. (v. 24)

Precisamos estar atentos aos moveres do Espírito Santo na igreja, pois seremos provados por Deus em Sua Palavra e se fizermos concessões, seremos incluídos nelas, pelo próprio Deus. Portanto é prudente analisarmos até onde temos negamos a fé, pois corremos o risco de sermos reprovados por Ele.

Uma circunstância que temos vivido, ministerialmente, são os desafiados dos pactos financeiros firmados na casa do SENHOR, pois sabemos que a resposta de fé deixará claro no reino espiritual, onde está o nosso coração e a quem servimos.

O profeta Elias, ao convocar todo o povo, disse:

Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o…”(1Rs 18:21)

Os ídolos do coração humano não podem persistir no serviço a Deus. É preciso que se tome uma decisão firme, dando prioridade as questões espirituais e eternas!

5o) A ansiedade quanto ao comer e vestir: quanto a essa questão, Jesus discorre com muita propriedade nos vs. 25 ao 34, e podemos concluir que a ansiedade, em si mesma, é pecado e que não devemos estar solícitos, mas dependermos do SENHOR sempre e agradecidos em tudo.

Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão: e o vosso suor naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom, e vos deleitareis com finos manjares”. (Is 55:2)

No versículo 33 está a convergência para todas essas questões relacionadas no texto:

buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça e todas essas coisas vos serão acrescentadas”.

Tudo nesse mundo é passageiro e finito, mas as riquezas espirituais são duradoras, têm peso de eternidade e devem ser portanto, o nosso maior investimento.

Deus te abençoe poderosamente  !

A CHAVE PARA O MILAGRE

 

Ouvindo isto, admirou-se Jesus, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta”. (Mt 8:10)

 

O que levou Jesus a expressar sua admiração a um homem que ocupava a posição de capitão do exército romano? Jesus não só destacou-o, como atendeu ao seu pedido curando o servo daquele homem.

Gostaríamos de destacar 3 aspectos importantes do encontro que o centurião romano teve com Jesus, desencadeando assim, o milagre.

O primeiro destaque que queremos chamar a sua atenção está no fato de que o centurião mostrou-se respeitoso e rogou, implorando pela cura do seu criado. O que podemos ressaltar é que o centurião reconheceu a autoridade de Jesus e respeitosamente tratou-o com reverencia, em honra, acatando sua autoridade. Essa atitude agradou a Jesus, o que podemos concluir que o temor, a honra, o respeito à autoridade, precedem a petição. Isso é algo do qual devemos nos lembrar sempre!

No Evangelho de Lucas 7, temos a mesma passagem, que nos conta que o centurião pediu ajuda a alguns judeus para que intercedessem diante de Jesus, pela sua petição e que Jesus foi com eles em direção da casa do centurião, já no Evangelho de Mateus temos a narração desse encontro, em que o próprio centurião se apresenta pessoalmente e pede pela cura.

Senhor, o meu criado jaz em casa de cama, paralitico, sofrendo horrivelmente”.

O centurião demonstrou compaixão pelo sofrimento do servo e não pediu nada além do que a sua cura, ao que Jesus lhe disse: “Eu irei curá-lo”.

A petição foi atendida prontamente, desencadeando o milagre na vida daquele servo.

Em segundo lugar, podemos destacar que o centurião romano mostrou-se humilde diante do Senhor quando disse: “Senhor, não sou digno de que entres em minha casa;…

A humildade de coração, também agrada ao Senhor e podemos dizer que também é um fator imprescindível que antecede à petição.

Em terceiro lugar, o centurião demonstrou que tinha fé suficiente para pedir a cura imediata.

…mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado”.

Em outra ocasião, um outro homem, chamado Pedro, discípulo de Jesus, ao vê-lo vindo e andando sobre as águas (MT.14), disse:

Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo por sobre as águasE ele disse: Vem”.

Pedro desceu do barco andou por sobre as águas ao encontro de Jesus, mas ao soprar do vento, ele teve medo e começou a afundar e clamou: “Salva-me, Senhor”. Prontamente Jesus estendeu a mão, tomou-o e lhe disse:

Homem de pequena fé, por que duvidasteSubindo ambos para o barco, cessou o vento”.

Em ambos os casos, uma só palavra da boca de Jesus foi suficiente para que provassem do poder sobrenatural e vissem o impossível acontecer. Jesus ficou admirado afirmando que nem mesmo em Israel, encontrou uma fé como a do centurião!

Quando o centurião disse “… mas apenas manda com uma palavra”…acrescentou em seguida:

Pois, também eu sou sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz”.

Este homem tinha anos de disciplina militar, sabia e respondia aos princípios de autoridade, fôra treinado e instruído respeitando as hierarquias da qual se submetia. Era acostumado a receber ordens e a obedecer, era acostumado a dar ordens e ser obedecido. A palavra disciplina vem do latim e significa: instrução, treinamento. Instrução no hebraico significa correção, que acompanha recompensa ou punição, servindo como direção para guiar o povo no caminho.

A palavra discípulo (aprendiz) está relacionada à disciplina (treinamento, instrução, correção), ser disciplinado é corrigir as áreas da nossa vida que estão fora de ordem, que prejudicam a nós mesmos e na convivência com os outros. Podemos dizer que a vida cristã é uma disciplina, onde o povo se reúne, desfrutam da companhia uns dos outros, fazem a obra, acatam a autoridade, etc.

O centurião também estava acostumado à prontidão e à vigilância, convivia com os companheiros igualmente habilitados, era amigo dos judeus e amava Israel, era caridoso e cria no poder sobrenatural do Deus de Israel e a Jesus como mensageiro do Reino.

Quem era Jesus? A autoridade e o Filho de Deus. Quem era o centurião? A autoridade de Roma. Quem são os lideres? A autoridade da igreja. Quem são os Pastores? As autoridades e mensageiros de Deus, Quem é o marido? A autoridade e líder da família. Quem é a esposa? A autoridade e auxiliadora do seu marido. Quem são os filhos? A herança de Deus na terra. Quem sãos os professores? A autoridade para ensinar. Quem é o patrão? A autoridade no trabalho; e assim por diante.

Onde está o respeito? A honra? O reconhecimento? A humildade para pedir? A fé? A um passo do milagre !

Provoque a admiração de Jesus !

No Amor de Cristo !

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